Síndrome de Tourette.
- Dan Mena Psicanálise
- há 5 dias
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Tiques, Traumas e Tabus
A Síndrome de Tourette (ST) persiste como um dos desafios na confluência entre neurologia e psicanálise, um campo onde o corpo e a mente dialogam através de uma linguagem peculiar e, por vezes, perturbadora. Neste artigo proponho uma imersão psicanalítica, buscando desvendar como os tiques, a ‘’coprolalia e a ecolalia’’, manifestações emblemáticas da ST, podem ser compreendidos como expressões cifradas do inconsciente. Ao invés de reduzir a sintomatologia a uma mera disfunção neurológica, quero fazer uma releitura à luz das teorias de Freud, Ferenczi, Mahler e outros mestres da nossa clínica. Gostaria de adentrar nela como uma representação dramática de conflitos psíquicos reprimidos, traumas precoces e falhas na estruturação do ego.
Através de estudos de casos meticulosamente avaliados e reflexões teóricas originais, argumento que os sintomas da ST operam como sonhos motores – formações de compromisso entre desejo e censura, nas quais o corpo se torna o representante, e a palavra não consegue se manifestar.
Questiono: de que maneira a pulsão, quando bloqueada em sua expressão simbólica, se metamorfoseia em sintoma físico? Qual é o papel do ambiente familiar na cristalização desses mecanismos de defesa? A psicanálise pode oferecer uma escuta singular e empática a esses sujeitos, transcendendo a mera medicação e buscando a compreensão de sua experiência?
Defendo com um apelo à integração entre a objetividade da ciência e a subjetividade de nosso traquejo, arguindo que a síndrome exige não apenas tratamentos, mas uma revolução ética na maneira como a sociedade percebe e acolhe sua diferença. Em um mundo obcecado pela normatividade, este tema nos lembra sem dúvidas, que somos antes de tudo, seres de fissuras, contradições e reinvenções constantes. Com este olhar, podemos vislumbrar a possibilidade de transformar o argumento em uma oportunidade de crescimento pessoal.
"O corpo de um paciente com Tourette é um palco onde o Id faz performances sem plateia." - Dan Mena.
A Síndrome foi formalmente descrita no final do século XIX pelo neurologista francês Georges Gilles de la Tourette, mas suas manifestações clínicas e simbólicas já são encontradas desde a Idade Média, quando sintomas semelhantes eram frequentemente atribuídos a possessões demoníacas ou intervenções sobrenaturais - (Kushner, 2000). Hoje, a medicina moderna a reconhece como um transtorno neuropsiquiátrico, caracterizado pela presença de tiques motores e vocais múltiplos, que podem incluir a coprolalia (a emissão involuntária de palavras obscenas ou socialmente inapropriadas) e a ecolalia (a repetição compulsiva de palavras ou frases proferidas por outras pessoas).
No entanto, a questão central que permanece em aberto é: por que esses sintomas assumem formas tão específicas e idiossincráticas em cada indivíduo? Por que alguns pacientes desenvolvem tiques motores, enquanto outros manifestam coprolalia ou ecolalia? E, fundamentalmente, o que esses sintomas buscam comunicar?

Contrariamente à visão puramente neurológica, postulo que os tiques não são meros espasmos neurológicos desprovidos de sentido, mas sim atos psíquicos carregados de significado icônico. Se, como afirmava Freud, os sonhos são "a via régia para o inconsciente" (Freud, 1900), os tiques podem ser interpretados como corporais – tentativas frustradas de elaboração psíquica que encontram uma via de fuga no plano motor. Nesse sentido, se desafia a dicotomia tradicional entre mente e corpo, revelando essa interconexão entre o psíquico e o somático. Transcendendo a mera descrição fenomenológica, e invadindo o universo subjetivo de cada paciente, assim, busco penetrar tais conflitos, traumas e desejos que subjazem a sua caracterização.
"Nenhum tique é aleatório – ele é a assinatura de uma guerra psíquica não resolvida."
- Dan Mena.
Perguntas plausíveis que podemos levantar:
De que maneira a ST desafia a dicotomia entre orgânico e psíquico, expondo a intrincada interconexão entre mente e corpo?
Qual é o papel da sexualidade infantil e dos traumas precoces na estruturação dos tiques, considerando a complexidade do desenvolvimento psicossexual?
Por que alguns pacientes desenvolvem coprolalia, enquanto outros manifestam apenas tiques motores ou ecolalia? Que fatores psíquicos e ambientais contribuem para a manifestação de sintomas específicos?
Freud e os Tiques – Uma Leitura Inacabada
Embora Freud nunca tenha dedicado um estudo exclusivo à Síndrome de Tourette, suas observações perspicazes sobre os tiques no célebre caso de Frau Emmy von N. (Freud, 1893) nos oferecem pistas valiosas para a clínica. Para ele, eram "equivalentes histéricos", ou seja, descargas motoras, articuladas via conflitos psíquicos reprimidos que não encontravam outra forma de expressão. No entanto, ele hesitou em categorizar como uma entidade clínica separada da histeria, preferindo considerá-la como uma variação da neurose (Freud, 1892). Ainda assim, sua contribuição reside na ênfase da dimensão inconsciente dos sintomas, ao postular que essas manifestações buscam exalar significados ocultos desses movimentos involuntários.
"Trauma não fica no passado – ele se aloja nos músculos e grita através dos tiques."
- Dan Mena.
Sándor Ferenczi (1921), avançou nessa discussão ao propor que os tiques eram "atos masturbatórios deslocados" – uma forma de descarga pulsional que ocorria quando a via simbólica estava bloqueada. Para Ferenczi, representavam uma tentativa de obter prazer através do corpo quando a expressão sexual direta era impossibilitada pela repressão.
Margaret Mahler (1943), por sua vez, introduziu a ideia de que a ST poderia surgir em crianças super estimuladas oralmente, cujos pais falharam em ajudá-las a regular suas excitações. Segundo Mahler, a falta de uma sintonia emocional adequada na primeira infância poderia levar a uma fixação na fase oral, onde o corpo se tornaria o principal meio de expressão.
Caso Clínico
Consideremos o caso de um adolescente de 16 anos, a quem vou chamar de "M", que apresentava deslocamentos motores (contorções do quadril) e vocais (ecolalia). Ao investigar sua história de vida, descubro que ela havia sido amamentada prolongadamente até os 12 anos de idade e que apresentava episódios de incontinência fecal. Segundo essa perspectiva, tais elementos indicavam uma possível fixação na fase oral do desenvolvimento psicossexual, na qual o corpo substitui a palavra como principal forma de comunicação. Logo reflito: se os tiques são uma linguagem, o que "M" estava tentando comunicar através de seus sintomas?: seria seu quadril contorcido um pedido de socorro contra uma mãe invasiva e super protetora? A ecolalia é uma tentativa desesperada de ser ouvida e reconhecida, ainda que através da repetição mecânica das palavras alheias?
Ao explorar o caso de "M" à luz das minhas elucidações e as teorias de Freud, Ferenczi e Mahler, posso vislumbrar a dinâmica da articulação psíquica subjacente aos sintomas da ST. "Medicar um tique sem escutar sua história é como apagar um incêndio sem se perguntar sobre sua origem." - Dan Mena.

O Corpo como Palco do Inconsciente
A Síndrome de Tourette expõe uma falha catastrófica no processo secundário, tal como descrito por Freud (1911). Enquanto indivíduos que não apresentam o problema conseguem inibir impulsos, sublimar desejos e adiar a gratificação, os pacientes com a síndrome parecem agir antes de pensar, como se estivessem compelidos a dar vazão imediata aos seus impulsos. Seus tiques, podem ser interpretados como descargas brutas de energia psíquica, desprovidas da mediação simbólica e de elaboração consciente. Essa ruptura no processo secundário pode ser compreendida como uma dificuldade em estabelecer uma barreira eficaz entre o Id (a instância psíquica que busca a satisfação imediata dos desejos) e o mundo externo. Na ST, o Id parece irromper diretamente no fisiológico, se manifestando através destas representações corporais e outros sintomas adjacentes.
Metáfora Teórica
Vamos imaginar um vulcão em erupção. Enquanto a lava incandescente representa a pulsão, a energia psíquica que busca sua expressão. A cratera do vulcão, seria a representação do Ego, a instância psíquica responsável por regular e controlar os impulsos. Na ST, no entanto, não há cratera – a lava escorre livremente, sem controle ou contenção. Essa translação alegórica, ilustra a dificuldade dos pacientes com o problema, fato que possuem grande dificuldade em regular seus quereres e mediar as pulsões. Essa compreensão, vista a priori como uma falha no processo secundário, pode explicar por que os medicamentos antipsicóticos (como a Risperidona) costumam ser eficazes no alívio dos sintomas. Esses fármacos, ao reforçarem a barreira do Ego, ajudam a conter a irrupção pulsional e a reduzir a frequência e a intensidade dos tiques. Destarte, é importante ressaltar que a química não resolve o conflito psíquico lateral aos sintomas. Eles apenas atuam sobre a manifestação comportamental, sem abordar suas causas imersas.
Descontrole tem Resposta
Se a ST é, em grande medida, uma doença da falta – ausência de controle, de regulação emocional ou mediação simbólica; como a psicanálise pode auxiliar na construção de um Ego mais resiliente e capaz de lidar com os desafios da vida?
A resposta a essa pergunta reside na capacidade de promovermos efetivamente a autoconsciência, mediante a elaboração emocional recalcada da experiência do sujeito. Através da análise, o paciente acometido pode aprender a reconhecer seus conflitos, a dar sentido aos seus sintomas, desenvolvendo estratégias mais adaptativas.
A Palavra que Escapa ao Controle
A coprolalia, a emissão involuntária de palavras obscenas ou socialmente inapropriadas, é um dos sintomas mais intrigantes e perturbadores da Síndrome de Tourette. Para a psicanálise, representa uma transgressão radical da ordem social e da linguagem convencional, uma erupção de conteúdos inconscientes que desafiam as normas e os tabus da cultura. A ecolalia, por sua vez, a repetição compulsiva de palavras ou frases proferidas por outras pessoas, pode ser interpretada como uma tentativa de apropriação da linguagem alheia, uma busca desesperada por identidade e por conexão com o mundo externo. Em sua interlocução, o paciente parece copiar mentalmente as palavras dos outros como se estivesse tentando preencher um vazio interno, buscando uma voz que lhe falta. Ambos os sintomas, apresentam essa fragilidade da fronteira entre o consciente e o inconsciente, entre o controle e a compulsão. Uma linguagem mediada que parece escapar ao controle do Ego, se manifestando de forma imprevisível e, por vezes chocante.
"Ecolalia é a linguagem dos órfãos de palavras – repetem porque lhes foi negado o original." - Dan Mena."Coprolalia é a poesia maldita do corpo, onde o proibido vira verso e o trauma, ritmo."- Dan Mena.
O que a coprolalia estaria buscando comunicar? Seria uma forma de expressar raiva, frustração ou agressividade reprimida? ou: uma maneira de desafiar a autoridade e de transgredir as normas sociais? E, o que tenta aceder sobre a experiência intersubjetiva do paciente? Seria uma busca por pertencimento, talvez a tentativa de se conectar com os outros através da repetição de suas palavras espelhadas?
Ao investigar o significado simbólico da coprolalia e da ecolalia, somos instigados a transcender a mera descrição fenomenológica dos sintomas e a adentrar no universo subjetivo do paciente, buscando compreender as motivações inconscientes que impulsionaram esses comportamentos.
Trauma e Gênese da Síndrome
Como analista, tenho sempre enfatizado o papel do trauma no desenvolvimento de diversos transtornos mentais, e a Síndrome de Tourette não é exceção. Essas perturbações precoces, como o abuso físico, sexual ou emocional, negligência, separação dos pais ou testemunho de violência, podem ter um impacto devastador no desdobramento psíquico da criança, comprometendo a estruturação do seu Ego e a capacidade de trabalhar regularmente com suas emoções. Nesta dimensão, a ST pode ser compreendida como uma tentativa de lidar com as consequências destes traumas infantis, como uma forma de evidenciar o sofrimento psíquico que não encontra senão outra via de evasão. Os tiques, a coprolalia e a ecolalia podem ser interpretados como sintomas dissociativos, ou seja, manifestações de conteúdos traumáticos que foram separados da consciência e que se manifestam de forma involuntária e repetitiva, eis, o tique.
Outro Caso Clínico
Consideremos o caso de uma paciente que vou chamar de’’F’’, ela apresentava tiques vocais que consistem em repetir frases obscenas e insultos. Ao investigarmos sua história de vida, narrou após muita resistência que havia sido vítima de abuso sexual na infância por um membro da família. A coprolalia, nesse caso configurado foi a trilha e forma selecionada de expressar a raiva e a humilhação que havia experimentado durante o abuso, como uma tentativa de recuperar o controle sobre sua própria voz e de desafiar o poder do agressor.
De que maneira o trauma pode afetar o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso, tornando o indivíduo mais vulnerável ao desenvolvimento da ST? Como a psicanálise pode auxiliar na elaboração do trauma e na ressignificação da experiência dolorosa?

"O que a boca cala, o corpo grita. O que a razão nega, o tique encena." - Dan Mena.
Ao abordar o tema sob o prisma do trauma, considero a importância de criar um ambiente terapêutico acolhedor, onde o paciente possa se sentir à vontade para compartilhar suas experiências traumáticas e para elaborar suas emoções reprimidas.
Ferramenta de Escuta e Transformação
Temos na psicanálise essa abordagem única e valiosa para o tratamento da Síndrome de Tourette, complementando, sem dúvidas, soluções farmacológicas com acompanhamento médico de forma interdisciplinar. Ao invés de se concentrar apenas na supressão dos sintomas, vamos trabalhar juntos para compreender a dinâmica psíquica singular e particular do tique específico do paciente(a). Através da escuta atenta e da interpretação dos sonhos, atos falhos e das associações livres, o paciente vai tomar consciência de seus conflitos inconscientes e desenvolver estratégias inteligentes adaptativas para lidar com seus estímulos, construindo uma identidade mais coesa e integrada. Além disso, podemos contribuir para a melhora da autoestima e da autoconfiança, ajudando o sujeito a se aceitar e se valorizar apesar de seus sintomas. Desta forma, e ao promover estes elementos, vamos capacitar o paciente a viver uma vida mais significativa.

Não existe uma fórmula mágica para o tratamento da ST, mas sim um processo de escuta atenta, de empatia e de colaboração entre o psicanalista e o paciente. A Síndrome de Tourette não é apenas um transtorno a ser medicado ou controlado, mas sim uma mensagem cifrada do inconsciente, uma expressão singular da nossa experiência, o que nos lembra de algumas verdades fundamentais:
O corpo fala, mesmo quando a palavra falha. Os tiques, a coprolalia e a ecolalia são manifestações de um sofrimento psíquico que não encontra outra via de escape.
A medicalização sozinha é insuficiente. É preciso escutar a história por trás dos sintomas, buscar o significado oculto dos comportamentos involuntários.
A sociedade precisa repensar seu estigma em torno dos transtornos neurológicos e mentais. A ST não é uma vergonha, mas sim uma condição que exige compreensão, respeito e apoio.
Sabemos que o mundo social na atualidade valoriza a produtividade, a eficiência e o controle, a ST nos confronta com o inesperado, o desordenado, o humano. Talvez, em vez de silenciar os tiques, devêssemos aprender a decifrá-los, a ouvir o que eles têm a nos dizer sobre a natureza da psique. Como expressou assertivamente o meu colega psicanalista Christopher Bollas, "o que chamamos de 'doença' pode ser, na verdade, a única linguagem possível para um sujeito que o mundo tentou calar."
Uma Mensagem de Esperança e Otimismo
Diante dos desafios impostos pela Síndrome de Tourette, é fundamental cultivar uma visão de esperança e de otimismo. A ST não te define, ela é apenas uma parte de sua história, uma característica que pode ser integrada em sua identidade de forma positiva e construtiva. Ao invés de se deixar abater pelos sintomas, busque apoio terapêutico, se conecte com outras pessoas que compartilhem sua experiência e descubra seus talentos e paixões.
Lembre-se: você não está sozinho(a), existem inúmeras pessoas capacitadas que se importam com você e que estão dispostas a te ajudar. Acredite em si mesmo(a), confie em sua infinita habilidade de superar os desafios e nunca desista de seus sonhos. Destarte possa parecer um fardo, pode ser também uma oportunidade de crescimento, de autoconhecimento e de conexão social. Abrace sua singularidade, você pode inspirar outras pessoas e contribuir para a construção de um mundo mais humano e acolhedor para todos.
Considerações Finais
A ST, acima de tudo, é uma síndrome da urgência. Enquanto os neuróticos conseguem adiar desejos através do recalque, o sujeito com Tourette vive uma temporalidade explosiva, onde os impulsos não esperam por mediações. Essa fragmentação no processo secundário não é um defeito, mas uma alternativa radical de subjetivação.
Os antipsicóticos embora possam fortalecer as defesas do Ego conforme observado por McHugh (2006), não respondem à questão central: por que esse sujeito precisa naufragar no simbólico para existir? A resposta pode residir na "borda primitiva da experiência" segundo Ogden (1989), uma zona onde palavras são insuficientes e apenas os atos puros têm significado.
Como psicanalistas enfrentamos aqui um desafio radical: como aclarar o intraduzível? Qual a escuta possível para um corpo que fala em códigos incompreensíveis até para ele mesmo? A resposta talvez não esteja na decifração, mas na criação de um espaço de acolhimento para o inenarrável. "A psicanálise não cura Tourette, mas ensina o sujeito a ler suas próprias cicatrizes." - Dan Mena.

Isso requer portanto:
Abandonar a ilusão de "cura" em favor do cuidado autêntico (Sacks, 1995).
Trocar a interpretação pela presença empática e receptiva (Winnicott, 1965).
Reconhecer que alguns tiques não serão "resolvidos", mas podem se transformar em marcadores genuínos de identidade. (Dan Mena, 2025).
No epílogo deste percurso encontro a beleza do incontrolável, ‘’que coisa boaaaaa’’. Em um mundo que valoriza o controle, a ST nos recorda ‘’da liberdade radical do inconsciente’’. Seus tiques não são escorregos, mas poesias lindas e involuntárias – versos que escapam à censura do Ego e nos mostram que sob a fachada civilizada, somos todos vulcões adormecidos.
Por fim, admiro muito Ferenczi (1921) que afirmou: "o corpo nunca mente". Essa verdade alcança sua plenitude aqui; o inconsciente não se esconde atrás de máscaras, mas irrompe de maneira autêntica, o que muitas vezes nos falta, para aqueles que se consideram ‘’normais’’. Talvez nossa tarefa não seja dominá-lo, mas aprender a dançar com seus tremores, abraçando sua diversidade única. Este é o convite final da ST: não apenas para ser entendida, mas para celebrarmos a essência indomável da vida.
Consultas Bibliográficas:
BOLLAS, C. (1987). The shadow of the object: Psychoanalysis of the unthought known. Columbia University Press.
FREUD, S. (1900). A interpretação dos sonhos. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. IV-V. Rio de Janeiro: Imago.
FREUD, S. (1923). O Ego e o Id. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. XIX. Rio de Janeiro: Imago.
FERENCZI, S. (1921). Psicanálise dos tiques. In: Obras Completas de Sándor Ferenczi, Vol. II. São Paulo: Martins Fontes.
GREEN, A. (1999). The Fabric of Affect in the Psychoanalytic Discourse. Routledge.
KERNBERG, O. (1975). Borderline Conditions and Pathological Narcissism. Jason Aronson.
KUSHNER, H. I. (2000). A Cursing Brain? The Histories of Tourette Syndrome. Harvard University Press.
LACAN, J. (1966). Escritos. Rio de Janeiro: Zahar.
LECKMAN, J. F.; COHEN, D. J. (1999). Tourette’s Syndrome—Tics, Obsessions, Compulsions: Developmental Psychopathology and Clinical Care. Wiley.
MAHLER, M. (1943). Tiques e infantilismo psicomotor. In: Estudos sobre a psicose infantil. Porto Alegre: Artes Médicas.
McHUGH, P. (2006). The Perspectives of Psychiatry. Johns Hopkins Press.
OGDEN, T. H. (1989). The primitive edge of experience. Jason Aronson.
SACKS, O. (1995). Um Antropólogo em Marte. Companhia das Letras.
VAN DER KOLK, B. (2014). The Body Keeps the Score: Brain, Mind, and Body in the Healing of Trauma. Viking Press.
WINNICOTT, D. W. (1965). The Maturational Processes and the Facilitating Environment. Hogarth Press.
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Até breve, Dan Mena.
Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 — CNP 1199. Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 — CBP 2022130. Dr. Honoris Causa em Psicanálise pela Christian Education University — Florida Departament of Education — USA. Enrollment H715 — Register H0192.
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