Sexualidade e Sintomas Psíquicos na Psicanálise.
- Dan Mena Psicanálise
- 18 de jan.
- 24 min de leitura

A sexualidade é um dos aspectos mais fascinantes da psique, ela ocupa um lugar matriz na teoria psicanalítica desde suas origens. Na psicanálise desde Freud, foi elevado de um mero impulso biológico a um conceito estruturante da nossa experiência, ligada aos desejos, fantasias, conflitos e à própria formação da personalidade. Assim, incita os significados tradicionais ao afirmar que ela não se limitava ao ato genital, mas se estendia a uma gama mais ampla que vai desde a infância até a maturidade. Ele observou, que a repressão dos impulsos sexuais não desapareciam, mas, ao contrário, surgiam ciclicamente de formas distorcidas, muitas vezes por meio de sintomas neuróticos. Esse conceito gerou uma ponderação social sobre como as forças psíquicas ligadas à sexualidade influenciam a saúde mental e o nosso comportamento.
Destarte não se limita ao desejo sexual explícito, senão, abrange também o que está relacionado à atração, ao prazer, às abstrações e à imaginação. Assim como outras dimensões da psique, é um campo onde se encontram pressões sociais, culturais e pessoais, formando um contexto fértil para a análise dos sintomas mentais. Os desejos reprimidos – aqueles que são socialmente inaceitáveis ou moralmente condenáveis – retornam ao inconsciente, onde se manifestam de maneiras disfarçadas, como fobias ou vícios. Isso nos leva a uma primeira observação: de que forma esses freios, contenções e a negação dos desejos sexuais influenciam o surgimento de problemas psíquicos, como os distúrbios de conduta? "Nos tempos modernos, a repressão da sexualidade se tornou a principal raiz do sofrimento psíquico, uma prisão invisível onde o inconsciente tenta escapar, se manifestando de formas insuspeitas e, muitas vezes, destrutivas." – Dan Mena.

Ao notarmos o impacto das repressões sobre a sexualidade, devemos questionar: por que nos custa tanto lidar com nossos próprios quereres? Por que a sociedade insiste em manter padrões rígidos sobre a sexualidade, ditando o que é “normal” ou “aceitável”? A inibição não é apenas uma questão individual, mas também uma influência socializada que reflete as normas e valores de uma cultura. Não seria esse comedimento, na verdade, uma das maiores fontes de sofrimento e conflito dentro da sociedade contemporânea?
Por esta razão, tal desacolhimento se torna uma forma de resistência do inconsciente, se manifestando através de exibições e ocorrências como uma maneira de expressar aquilo que não pode ser dito ou vivido de forma direta. Entretanto, é importante destacar que a repressão não é o único fator que desempenha uma tarefa na formação dos sintomas psíquicos. O próprio desenvolvimento da sexualidade ao longo da vida, com suas fases e mudanças, está intimamente ligado ao processo de constituição do sujeito. As experiências precoces de prazer e dor, bem como as mensagens transmitidas pela cultura e pela sociedade, formam a base sobre a qual a sexualidade será construída. Na infância, o indivíduo vivencia o comprazimento sexual e a dor de maneira mais explícita, sem as limitações impostas pela moralidade ou a regulação da consciência social. Esses primeiros momentos de exultação, associando a sexualidade à satisfação, têm um impacto bastante duradouro.
"Quando o desejo se torna tabu, ele não desaparece; ele encontra formas de expressão, que, por sua vez, se manifestam em comportamentos que fogem ao controle consciente."
– Dan Mena.
O que acontece, então, quando essas vivências precoces de gáudio e angústia se tornam confusas ou deturpadas? Freud, em seus estudos sobre a sexualidade infantil, desenvolve o conceito de "Complexo de Édipo", no qual o desejo nessa fase é voltado para o genitor do sexo oposto, ao mesmo tempo que ocorre uma rivalidade com o genitor do mesmo sexo. Esse momento é decisivo na formação da identidade e na repressão dos impulsos incestuosos, sendo primordial para a transição à maturidade. Mas como esse complexo e suas consequências contribuem para a formação de sintomas ou distúrbios psíquicos futuros? Até que ponto a repressão desses interesses infantis, ou mesmo o seu não cumprimento e realização podem afetar a saúde emocional do indivíduo?
Os indicativos psíquicos, portanto, não podem ser compreendidos sem levar em consideração o vínculo entre sexualidade e desejos contidos. Por exemplo, fobias, transtornos obsessivos e neuroses depressivas podem ser vistos como formas de manifestação deles, enquanto que não foram integrados de maneira saudável. Uma vez retraídos, seu retorno pode ocorrer de maneiras simbólicas, intrincadas e problemáticas. O sintoma se torna, assim, uma tentativa do inconsciente de expressar o que não pode ser verbalizado, servindo como uma forma de resistência.
"A sexualidade não se limita ao corpo, mas ao desejo, à fantasia e à repressão, sendo moldada pela interação entre os impulsos infantis e as imposições sociais que nos forçam a negar o que somos de maneira mais genuína." – Dan Mena.
No entanto, esse entendimento não se limita à repressão e aos seus efeitos. Também é necessário considerar como as expectativas gerais moldam a percepção do sujeito sobre si mesmo e sobre a lubricidade sexual. Em uma sociedade onde a sexualidade é ao mesmo tempo exaltada e reprimida, o indivíduo se vê constantemente pressionado, balançando sobre um pêndulo, a se conformar a um ideal de prazer e corpo perfeito. A “sexualidade normatizada” impõe uma visão reduzida e muitas vezes deformada, que pode gerar angústias relacionadas ao desempenho, à aparência ou ao comportamento. Mas o que significa, de fato, ser "sexual"? Quais são as expectativas reais da sociedade em relação à nossa vida erótica e, mais importante ainda, o que a psicanálise tem a dizer sobre isso?
Freud e outros psicanalistas, como Melanie Klein, Donald Winnicott e Jacques Lacan, fizeram contribuições grandiosas para sua compreensão. Lacan, desenvolveu a ideia de que a sexualidade está intimamente ligada à linguagem e à formação do sujeito, influenciada pelas relações simbólicas que estabelecemos com os outros, especialmente com a mãe e o pai, e com a sociedade como um todo. Portanto, é algo que não se transveste ao simples desejo carnal, mas é uma construção metafórica, figurada e emblemática, que envolve o ‘’reconhecimento do outro e do desejo do outro’’.
"A busca por um prazer que se alinhe às normas sociais é uma busca sem fim; o sujeito perde de vista a desvantagem de seu desejo, imerso na angústia de um ideal que nunca pode ser plenamente realizado." – Dan Mena.
Neste tempo, temos buscado alargar esses limites da compreensão tradicional da sexualidade. Ao nos afastarmos da ideia de ser biológica e essencialista, a psicanálise moderna começa a abraçar um prisma mais fluido e plural, reconhecendo as diversas formas que pode assumir ao longo da existência. Em um plano social cada vez mais pluralizado, onde as questões de gênero e identidade estão em constante evolução, se torna imperativo que reconheçamos as novas formas de vivê-la, sem preconceitos.
As relações interpessoais e a comunicação são cada vez mais mediadas pela tecnologia, questões relativas à sexualidade também passam por severas transformações. A internet, as redes sociais e as novas formas de interação, como os aplicativos de namoro, alteraram a dinâmica da intimidade. A sexualidade, muitas vezes vista como um campo de prazer individual, agora é marcada pelo entrosamento constante com o outro, seja de forma física ou virtual. Mas como essas novas formas de vivência da sexualidade afetam nossa saúde mental? A busca por satisfação imediata, a exposição excessiva do particular e privado, e o aumento do isolamento emocional são aspectos que merecem muita atenção.
A cognição desses entornos e dos sintomas psíquicos gerados continua a ser importante, pois oferecem uma leitura única através da qual podemos examinar essas camadas da mente. Como podemos entender o desejo, a repressão, os sintomas e as manifestações psíquicas em um mundo que está em constante transformação?
Como podemos integrar nossos desejos de forma saudável e autêntica, respeitando os limites impostos pela sociedade e, ao mesmo tempo, sem perder nossa naturalidade e essência?
"Em um mundo onde tudo é compartilhado e nada é privado, o desejo se torna cada vez mais fragmentado, afetando a saúde mental e a construção de uma identidade que deveria ser vivida na intimidade, não na tela de um dispositivo." – Dan Mena.
O Que Está Reprimido, Surge no Sintoma.
Na prática clínica um conceito base se apresenta como um fio condutor entre os sintomas e as dinâmicas psíquicas, é a ideia de que o que está reprimido, ou seja, o que não é permitido pela consciência e pelo superego, eventualmente se manifestará de maneiras inesperadas. A repressão, como uma defesa fundamental da psique, não é apenas um processo passivo de esquecimento, mas uma abstrusa estrutura de obstinação, uma verdadeira barreira erguida contra desejos, impulsos e lembranças que seriam intoleráveis à psique em determinado momento. E, como acontece com qualquer contenção, uma supressão excessiva ou mal resolvida tende a se manifestar de maneiras insidiosas.
A aparição de conteúdos sufocados, forçados pelo inconsciente a surgirem em ocorrências, é um tema vasto que atravessa as décadas da psicanálise. A ideia de que o recalque tem um preço é uma verdade não apenas no campo clínico, mas também na vida cotidiana, onde a realidade social e emocional se torna um manifesto desses processos inconscientes. Esse surgimento do reprimido nas suas manifestações é básico para entender a dinâmica da psicanálise.
"O inconsciente é um cemitério de desejos esquecidos, mas uma força viva que, ao ser negligenciada, se manifesta nas sombras do comportamento, desconfortos do corpo e nas fissuras da mente." – Dan Mena.
Quando me refiro a "sintomas", estou falando de uma série de expressões do inconsciente que podem tomar diversas formas – sejam elas fobias, compulsões, transtornos psíquicos, ou até mesmo sintomas corporais, como dores inexplicáveis, doenças psicossomáticas e distúrbios de comportamento. Em muitos casos, tais, não são meras consequências, mas traduções simbólicas de conteúdos moderados e ocultos de desejos não reconhecidos ou de traumas não resolvidos. Então: o que é esse conteúdo reprimido que retorna nos sintomas? O que o inconsciente está tentando nos dizer quando encontra um caminho de elocução por vias tortuosas, não pelas palavras, mas através dos sintomas? Essas perguntas me acompanharam ao longo de toda a minha trajetória como psicanalista. O inconsciente, ao contrário do que muitos pensam, não é uma entidade passiva ou apenas uma “sombra” dos nossos pensamentos; ele é vivo, pulsante e, quando ignorado, tende a se expressar através de indicativos, traços, fenômenos e ocorrências. "O recalque é uma faca de dois gumes: ele protege a psique da dor momentânea, mas ao custo de alimentar um monstro que, mais tarde, irrompe através dos sintomas, revelando o que a consciência queria esconder." – Dan Mena.

A repressão não é um processo simples de bloqueio ou deslembrança. Ele é uma tentativa ativa de proteger a psique de conteúdos que se tornam insustentáveis para a consciência, seja por sua intensidade emocional, seja pela ameaça que esses conteúdos representam para a manutenção da identidade ou da moralidade pessoal propriamente. No entanto, o que vemos ao longo da história da psicanálise e na experiência clínica do dia a dia é que, por mais que ela possa oferecer uma solução, tem um custo alto. O que é tolhido volta de forma traiçoeira, cavilosa e pérfida, sendo expresso em lances e peripécias aparentemente sem causa, como uma forma de compensação pela negação do desejo ou da emoção que foi pertinentemente sufocada.
A verdadeira questão que surge de tudo isso é: por que, em uma sociedade que preza tanto pela racionalidade, lhe é tão difícil lidar com o que não pode ser racionalizado, com o que não pode ser explicado? O ‘’retorno do reprimido’’, que se manifesta de forma simbólica nos sintomas, coloca em xeque a ideia de que podemos controlar ou entender tudo, de que nossa psique é uma entidade completamente congruente. Isso é, de certa forma, um reflexo da própria estrutura social que, ao tentar impedir que certas verdades venham à tona, acaba por criar o cenário para que esses elementos se revelem de formas ainda mais herméticas e labirínticas. Ao longo dos anos de estudo, questiono se nossa sociedade tem sido capaz de integrar esses elementos retidos de alguma forma.
A repressão se tornou uma prática cultural em muitos aspectos da vida. A sexualidade, os desejos, as fraquezas emocionais, tudo aquilo que poderia desestabilizar a “ordem social” foi sistematicamente silenciado ou marginalizado. Como resultado, indicações como depressão, ansiedade e disfunções comportamentais se tornaram comuns, pois a sociedade falhou em criar espaços adequados para que essas acepções de recalque possam ser enunciadas de forma propícia, positiva e salutar.
"O retorno do reprimido questiona nossa capacidade de controlar e entender a psique, nos desafiando a aceitar que a mente é muito mais complexa do que a visão de um sistema totalmente congruente e racional." – Dan Mena.
O que é encapsulado, não diz respeito apenas ao indivíduo, mas também à dinâmica social. Ao tratarmos do que é restringido no indivíduo, trazemos questões universais que refletem essas contradições. Ao falar de repressão e seus sintomas, não estamos tratando apenas de um fato isolado, mas de um processo coletivo que se dá nas interações entre indivíduos e a cultura. O sintoma, em sua manifestação simbólica, se revela como uma pista que aponta para uma verdade que precisa ser reconhecida, elaborada e integrada. Considero que o grande desafio adiante é continuar a considerar e tratar aquilo que está contido, quando a própria cultura parece querer cada vez mais silenciar e negar esses manifestos. Como podemos, enquanto psicanalistas, facilitar a expressão do que é reprimido, quando a sociedade constantemente tenta empurrar as pessoas para uma conformidade, ignorando suas dores e emoções? O que é sustido vai sempre ressurgir, mais cedo ou mais tarde, e é nossa responsabilidade, como profissionais, garantir que essa exibição não aconteça apenas de maneira patológica, mas como um sinal de transformação e crescimento.
"Quando o inconsciente não é ouvido, ele grita em silêncio, se fazendo presente através dos sintomas, que são suas mensagens disfarçadas." – Dan Mena.
Olhando para o futuro, me questiono: como podemos educar as novas gerações para lidar com esses conteúdos de forma não destrutiva? Como cultivar uma sociedade mais consciente e empática, que permita a expressão desses desejos e traumas sem que isso leve à dor ou ao sofrimento?
Transgressão e Transformação.
A atração erótica é uma manifestação singular que transcende a mera satisfação física, adentrando aos domínios do simbólico, do existencial e do espiritual. Em seu bojo, representa um paradoxo: o impulso de superar limites e, simultaneamente, o reconhecimento das barreiras que nos definem. Como compreender essa força que, ao mesmo tempo em que nos liberta, nos expõe ao melindre de nossos anseios?
Quando o desejo atravessa as fronteiras do ordinário, ele se transveste de transgressão. Atua em uma dimensão onde o proibido e o permitido se entrelaçam, criando um espaço de tensão criativa e, por vezes, devastadora. Ao nos entregarmos a esse universo, buscamos não apenas prazer, mas uma experiência que toca no nosso cerne, desafiando a divisão entre o eu e o outro.
Será que a pulsão sensual denota nossa necessidade de nos perdermos para nos encontrarmos?"A transgressão erótica revela nossa vulnerabilidade, uma entrega que não é de fraqueza, mas de força, pois somente ao nos despojar do controle, podemos acessar a liberdade sincera." – Dan Mena.
Esse know-how íntimo, é inseparável do jogo simbólico entre a vida e a morte. A pulsão, em sua forma mais pura, não é apenas uma busca pela vida, mas também uma confrontação com o vazio, com o aniquilamento do ego. Por que, então, somos atraídos por aquilo que nos ameaça? Talvez porque, no confronto com esse abismo existencial, somos compelidos a reconhecer nossa finitude e, paradoxalmente, os sapiens por trás dele. Afinal, o que seria da vida sem a consciência de sua transitoriedade?
Um aspecto dessa vivência é o sacrifício. Para entrar nas camadas do impulso sensual, é necessário abrir mão de alguma coisa: segurança, controle ou até mesmo das certezas que sustentam nosso senso de identidade. Essa imolação não é apenas uma perda, mas um processo de transição. Não seria o erotismo, então, uma forma de ritual moderno, no qual nos renovamos ao renunciar ao conforto da conformidade? E se essa suposta entrega fosse, na verdade, um convite a uma liberdade que só pode ser encontrada nas nossas vulnerabilidades e fragilidades?
"A pulsão sexual não se limita à busca de satisfação física; ela nos desafia a encarar as contradições da vida, a transitar entre o prazer e o medo, a liberdade e a dor."– Dan Mena.
O ímpeto sensual que nos acompanha é quase sempre distorcido por narrativas de consumo e espetacularização. A exposição excessiva da sexualidade em mídias digitais e publicitárias, estão longe de integrar um desejo do psiquismo, pelo contrário, criam um distanciamento entre o indivíduo que somos e as próprias pulsões que carregamos. Como resultado, surgem sintomas como alienação, comparação, insatisfação crônica e uma busca incessante por ideais inatingíveis. Não seria o caso de resgatarmos a pulsão como uma experiência autêntica, desvinculada de imposições externas, e centrada na conexão verdadeira com o outro e consigo mesmo? O fascínio pela exaltação impulsiva também nos desafia a encarar nossa relação com o sagrado. Ele é, ao mesmo tempo, uma profanação e uma celebração do mistério da existência. Nessas fronteiras somos levados a questionar as estruturas que sustentam nossas crenças e valores. Portanto: por que a experiência intrínseca e natural, que deveria ser uma fonte de plenitude, muitas vezes se transforma em um campo de conflitos internos? Talvez porque ela expõe as contradições entre nossos anseios mais primitivos e as normas que nos foram impostas. O que aconteceria se ousássemos abraçar essas contradições em vez de reprimi-las?
"A pulsão erótica não é uma busca meramente física, mas um traquejo que toca o espírito, uma tentativa de descobrir algo de nós mesmos que estava perdido ou esquecido."
– Dan Mena.
Na clínica observo, é evidente como esse entusiasmo influencia diretamente os sintomas psíquicos. Muitos pacientes relatam angústias relacionadas à sua incapacidade de integrar suas pulsões libidinosas à sua identidade consciente. Esses embates, estão arraigados em tabus culturais e familiares, e se manifestam como ansiedade, depressão ou comportamentos compulsivos. Outro aspecto deste centro é a dimensão intersubjetiva do impulso profundo. Na relação íntima, o outro não é apenas um objeto de atração, mas um parceiro em um diálogo simbólico e icônico que transpira tanto nossas aspirações quanto as fraquezas. Esse encontro, embora sempre marcado por intensidades emocionais, pode ser agudamente transformador. Como podemos aprender a aceitar o outro em sua alteridade, sem projetar nele nossas expectativas e medos? Será que estamos preparados para lidar com o que o outro nos espelha sobre nós mesmos?
A dimensão da pulsão também pode ser entendida como uma forma de linguagem, um modo de comunicar aquilo que palavras não conseguem dimensionar e expressar. Ela transcende a lógica linear e opera em um nível mais visceral, onde símbolos e gestos carregam significados inefáveis. Nesse sentido, ela nos conecta a uma dimensão arquetípica, evocando imagens e sentimentos que ressoam além do tempo e do espaço. Poderíamos dizer que essa experiência é uma das formas mais primitivas e, ao mesmo tempo, mais sofisticada de nos relacionarmos?
"Como podemos aprender a aceitar o outro sem tentar moldá-lo para que atenda às nossas próprias necessidades, medos e fantasias? Essa é a chave para um encontro genuíno.
– Dan Mena.
Além disso, a atração sedutora nos convida a refletir sobre a temporalidade. Ela se desenrola no intervalo entre o anseio e sua realização, criando um beco onde a imaginação e a expectativa podem florescer. Esse lapso, certamente desconfortável, é único para a perícia peculiar de cada um. Sem ele, a afinidade e a atratividade perdem sua intensidade e se modificam em mera satisfação. Por fim, o impulso nos convida a uma jornada de autodescoberta, nos estimula a confrontar nossas zonas de sombra, a questionar certezas e a abraçar a complexidade de nossa condição. Marcados pela superficialidade e pela pressa, não seria o erotismo uma forma de resistência, um chamado à autenticidade? Será que estamos dispostos a ouvir esse clamor, mesmo quando ele nos leva a territórios desconhecidos e, por vezes, incômodos?
A sedução pulsional não é apenas um exercício intelectual, mas um convite à reforma. Ela nos lembra que, por trás de cada anseio, há um mundo de significados esperando para ser averiguado. Que possamos, então, abrir espaço para ela, permitindo que ilumine não apenas nossas relações, mas também nossas almas. "Sem a tensão entre o anseio e a realização, a atração se torna vazia, uma busca sem profundidade. É o intervalo entre o desejo e a satisfação que se dá o significado ao erotismo." – Dan Mena.

Interseção entre Neuroses, Transtornos e Prazer.
Ao abordar a sexualidade adulta no contexto das neuroses, fobias e transtornos de personalidade, somos convidados a levantar questões: até que ponto as experiências de infância e a forma como a sexualidade é vivida na fase madura estão interligadas? O que acontece quando, devido a traquejos traumáticos ou normas culturais, uma pessoa se vê incapaz de aceitar ou expressar sua sexualidade de maneira plena? Não são abstrações, são reptos que exigem uma análise cuidadosa. Será que as fobias sexuais, por exemplo, não seriam a manifestação de uma defesa contra o medo do prazer, ou uma reação ao amedrontamento da fragmentação emocional que o prazer exige? Esse pavor de perder o controle sobre os próprios anseios, não estaria portanto enraizado na nossa história pessoal, na maneira como fomos educados para enxergar o corpo e a sexualidade? Ou, ainda: será que a maneira como a sociedade moderna se relaciona com o corpo e com os tabus sexuais pode estar moldando esse receio, criando uma estrutura psíquica que gera suplício sem que sequer tenhamos plena consciência disso?
"O vazio existencial que acompanha o transtorno de personalidade narcisista é alimentado pela busca incessante por validação sexual, que se torna um substituto para uma identidade autêntica e saudável." – Dan Mena.
A busca por validação sexual em indivíduos com o transtorno de personalidade narcisista geralmente está diretamente ligada ao vazio existencial e à necessidade incessante de reafirmação de uma identidade falha. Esses padrões comportamentais são reflexos e espelhos de relações interpessoais frustradas ou desajustadas, que criam um paradoxo entre o desejo de se conectar com o outro e o medo de ser invadido por ele. A sexualidade, assim, pode se transformar em uma procura pela reafirmação do "eu", uma maneira de usar o corpo como instrumento de conquista e poder, mais do que como uma trilha de prazer genuíno e autenticamente compartilhado.
Por outro lado: quando falamos sobre a neurose sexual, o que está por trás do desejo reprimido que se manifesta de forma obsessiva? Não seria a neurose uma tentativa do ego de lidar com impulsos que ele não consegue monitorar e controlar? Mas, até que ponto é possível suprimir esses quereres sem que eles encontrem outra forma de expressão, como a ansiedade, os transtornos alimentares ou as obsessões? Essas perguntas nos ajudam a perceber que, além dos sintomas clínicos, a sexualidade está congênere com os processos psíquicos que envolvem desde a nossa construção de personalidade e identidade, até a maneira como lidamos com nossas emoções e os ‘’outros’’. Até que ponto conseguimos, de fato, compreender e aceitar nossa sexualidade sem que as projeções e os medos inconscientes distorçam essa vivência? Ou será que, ao enfrentar eles, encontramos a verdadeira liberdade sexual, que não se refere apenas a alacridade física, mas também ao contento de ser quem somos em sua totalidade?
"Quando a sexualidade se transforma em uma ferramenta de conquista e poder, ao invés de prazer genuíno, estaremos diante de uma busca vazia, uma fuga da intimidade e da vulnerabilidade para o prazer verdadeiro." – Dan Mena.
A análise desses fenômenos não se restringe a observar tais manifestações externas, mas buscam descortinar o que esses discursos suscitam sobre os aspectos do ser. Dessa forma, os debates se tornam ferramentas que permitem que olhemos para os estratos mais sutis, embaraçadas entre interações, sexualidade, identidade, emoção e inconsciente. O que acontece quando o paciente se permite explorar sua sexualidade sem o crivo julgador, sem os tabus, e sem os dilemas internos que lhe geram angústia? Será que, ao aceitar esse enfoque, ele(a) não estará não apenas curando as feridas mentais, mas também dando espaço para uma vivência sexualmente benéfica?
Nesse assunto não têm resposta fácil, e é exatamente por essa enigmática busca por respostas que a prática psicanalítica é tão significativa e transformadora. Ao guiar o paciente a contenda de seus próprios medos, seus desejos não realizados, suas fantasias reprimidas, estamos ajudando a estabelecer um caminho para a integração de uma parte de sua psique que muitas vezes foi marginalizada, mas que, ao ser acolhida, pode lhe proporcionar uma sensação de alívio, equilíbrio e por fim, libertação.
"A sexualidade, longe de ser um campo apenas de prazer, carrega em si um reflexo do desejo de se afirmar, mas também de se proteger, criando um ciclo onde a busca pelo 'eu' verdadeiro nunca se encontra." – Dan Mena.
Afinal, a sexualidade não é uma parte isolada ou proscrita da vida psíquica. Ela é uma expressão central de quem somos, do que desejamos e de como nos relacionamos com o mundo. Quando nos permitimos penetrar nesse lugar, somos capazes de acessar uma nova compreensão de nós mesmos, essa, que vai além da coibição, da culpa e do aterramento, e que nos leva a viver expressivamente.
Impacto das Pulsões Sexuais na Formação de Sintomas Psíquicos.
Freud, nos legou uma teoria magnífica sobre as pulsões, mostrando como forças primárias moldam e configuram a psique. No entanto, o mais intrigante não é apenas a identificação delas, mas sim o processo contínuo de conversão que sofrem, conhecidas como vicissitudes. Não são forças fixas, mas dinâmicas, que se modificam, se deslocam e se adaptam conforme as circunstâncias internas e externas, e resultam em fenômenos psíquicos herméticos. Como o indivíduo lida com pulsões que não são aceitas pela sociedade ou que não conseguem alcançar a satisfação desejada? A resposta para essa questão reside nas vicissitudes das pulsões, um processo de transformação e adaptação que é essencial para serem assimiladas. Para constatar sua natureza, é imprescindível primeiro entender seu mecanismo primevo. São forças instintivas que nascem do inconsciente, impulsionando o comportamento e buscando a satisfação de necessidades internas. Essas potências são mais do que simples respostas a demandas biológicas; refletem uma energia psíquica que direciona os indivíduos em sua busca por prazer, alívio de tensões e busca de satisfação. Podem ser de diversas ordens, sendo as mais notáveis as sexuais, agressivas e de autoconservação.
"A repressão das pulsões não elimina o desejo, mas seu deslocamento, dá origem a sintomas que podem ser tanto incapacitantes quanto formas de resistência psíquica ao que é reprimido." – Dan Mena.
Elas têm um caráter psíquico, o que as diferencia de outros impulsos instintivos. São manifestações que se originam no inconsciente e não podem ser reduzidas a uma explicação puramente biológica ou fisiológica. Se intercalam com o real e a fantasia, configurando os desejos e as ações de uma maneira particular, em que o conflito entre os quereres e as limitações da realidade são uma constante. Um dos pontos centrais radica na ideia de repressão, um mecanismo de defesa psíquica que impede a expressão direta de desejos e impulsos considerados inaceitáveis. Quando as pulsões são reprimidas, elas não desaparecem, mas sim se deslocam ou se transformam. Isso gera o que conhecemos como sintomas psíquicos, como fobias, ansiedades ou até mesmo ocorrências somáticas. Podem parecer desconectados da realidade da pessoa, mas, em um nível mais cavado, são protestos pulsionais que não puderam ser atendidos de forma adequada. Não podemos deixar de nos questionar: será que esses sintomas têm algo a nos dizer?

Como terapeutas, devemos ajudar os pacientes a entender que os sintomas não são apenas manifestações de algo errado ou inadequado, mas sim expressões de desejos reprimidos aguardando para serem entendidos e integrados.
"O conflito entre o desejo inconsciente e as barreiras externas impõem uma limitação que se reflete diretamente nos sintomas psíquicos, como a ansiedade e os transtornos de personalidade, frutos de uma repressão mal sucedida." – Dan Mena
As Vicissitudes das Pulsões. Mas o que significa essa palavra, vicissitude? Como a pulsão, uma força primordial e instintiva, pode sofrer modificações ao longo do tempo, se transformando e adaptando conforme as condições? Será que essa flexibilização representa uma forma de equilíbrio psíquico ou uma maneira de esconder conflitos que ainda não fomos capazes de solucionar e integrar?
Quando uma ânsia não pode ser satisfeita de maneira direta, ela será deslocada para outra forma ou objeto. Essa desarticulação é um processo excitante: uma energia que, ao não poder ser expressa como originalmente desejado, encontra um novo caminho. Será que as pulsões deslocadas realmente perdem o seu caráter original, ou elas continuam a se manifestar de maneira sutil, camufladas sob outros comportamentos? Esse redirecionamento é, sem dúvida, uma das formas mais inteligentes de adaptação da psique: mas será que todas as pulsões que se movem são finalmente adaptadas de maneira saudável? Como, então, discernir entre uma habituação funcional e uma forma de negação do desejo original?
"A vicissitude das pulsões revela um paradoxo: quanto mais buscamos nos adaptar aos nossos desejos, mais nos afastamos de uma compreensão autêntica deles. Será que o seu redirecionamento não é, na verdade, um jogo de disfarces?" – Dan Mena.
Outra questão importante surge quando falamos sobre o redirecionamento das pulsões: como elas ajustam suas velas à realidade? Será que a psique tem uma capacidade ilimitada de navegar suas pulsões de maneira eficiente, ou há momentos em que esse processo de adaptação se torna falho e afunda, resultando em sintomas patológicos ou em comportamentos destrutivos? Quando uma pulsão, como a agressiva ou a sexual, não encontra seu objetivo original, ela pode ser dispersa para atividades aparentemente inofensivas, mas que servem como uma forma de canalizar essa energia. Podemos observar isso em indivíduos que norteiam sua hostilidade para o trabalho excessivo ou que redirecionam seus desejos sexuais para expressões artísticas, esportivas, etc. Mas esse amoldamento é sempre uma resolução eficaz ou pode ser apenas uma forma de mascarar um conflito mal resolvido? Até que ponto esse encaminhamento das pulsões representa uma verdadeira resposta da refrega psíquica ou uma tentativa de evitar a lide com o desejo recalcado?
As pulsões realmente se alteram ao longo do tempo, elas continuam a existir de maneira disfarçada, esperando por uma oportunidade para se manifestar novamente. Ao observarmos a vida dos pacientes, podemos perceber que eles reprimem, assim, deslocam, transformam e continuam a receber pressão, o que exige deles um acomodamento dos seus pensamentos e sentimentos, mesmo que de forma indireta. Essa transformação pode ser vista como uma adequação inteligente, mas será que ela é sempre benéfica? Ou, em alguns casos, pode ser uma forma de resistência ao próprio desejo, resultando na formação de mais embates internos?
A Luta por Narrativas mais Inclusivas e Autênticas.
A construção dos limites discursivos do sexo apresenta sempre instigações para compreender como as normas sociais asseguram, configuram, talham, restringem e potencializam as experiências individuais. Quando nos debruçamos sobre as expressões de sexo e gênero, percebemos que ele se inscreve em uma matriz cultural que estrutura não apenas a linguagem, mas também as práticas e subjetividades do ser. Porém, será que esses preceitos patenteiam a totalidade das suas possibilidades, ou representam apenas uma fração moldada por interesses históricos e sociais específicos? A partir desta aresta podemos levantar: o que define os parâmetros e fronteiras do que pode ser dito, compreendido ou mesmo vivido em relação ao sexo?
As demarcações narrativas muitas vezes parecem ser naturais, mas são, na verdade, construções contingentes que derivam de um contexto histórico específico. É fascinante perceber como essas balizas são reforçadas por instituições, políticas e prosas culturais que legitimam determinadas idiossincrasias enquanto marginalizam outros. Nesse sentido, as normas discursivas não apenas descrevem a realidade, mas também a criam, configurando subjetividades e delimitando quem pode ou não ocupar aprazados espaços sociais.
“Cada corpo que é excluído de uma narrativa de valorização não apenas se torna invisível, mas também é proposto a viver à margem, sem a possibilidade de reclamar o espaço que lhe é devido.” – Dan Mena.
Pensemos juntos, por exemplo, em como os corpos são nomeados, categorizados e interpretados em função de estruturas de poder. A linguagem que usamos para falar sobre o corpo nunca é neutra. Ela está impregnada de significados que determinam quem é reconhecido e quem permanece invisível. Quais corpos são validados, celebrados e protegidos, e quais são ignorados, punidos ou excluídos? Essa seletividade não é fruto do acaso, mas de um processo deliberado de produção de concepções que sustentam, tanto relações de poder quanto de exclusão. Aqui, vamos entrando na seara do biopoder, esse conceito brilhantemente trabalhado por Michel Foucault, que nos mostra como o controle sobre os corpos e as populações é exercido por meio de discursos, narrativas, regras e práticas normativas.
"O biopoder é uma força sutil, mas imensa; ele molda os corpos por meio da língua, das práticas culturais e das instituições, tornando o domínio uma realidade cotidiana, quase imperceptível." – Dan Mena.
Por que a normatividade então se torna o parâmetro dominante na definição de identidades sexuais e de gênero? Um dos aspectos mais estranhos da alocução normativa – aquela que regula a inteligibilidade – é a sua capacidade de se apresentar como inquestionável. Essa regularidade age como uma matriz que enquadra e regula a leitura dos sujeitos. Aqueles que se desviam dessa centralização enfrentam o ostracismo, sendo empurrados para os limites da existência social. Essa padronização se dá de maneira tão eficaz que sequer percebemos que opera fantasmagoricamente. Portanto, devemos questionar essa conformação que se perpetua e de que maneiras podemos fazer sua inversão. Ainda me pergunto: é possível existir fora da regulação, ou nossa compreensão de gênero e sexualidade está inevitavelmente vinculada a ela? Este paradoxo – do qual resistimos ao roteiro a partir da própria norma – inflama a ideia de liberdade absoluta. A normatividade, mesmo quando subvertida, continua a estruturar os termos da contenda, mostrando que a linguagem tanto liberta quanto aprisiona. Judith Butler, em suas análises sobre performatividade, nos alerta para esse dilema, indicando que a subversão é possível, mas nunca completamente fora do campo normativo.
"A luta pela liberdade de narrativas não é apenas sobre ser ouvida, mas sobre reescrever os limites do que é considerado aceitável e possível dentro das fronteiras da experiência de vida." – Dan Mena.
Em tempos de polarização e debates acalorados sobre gênero e sexualidade, se torna inevitável examinar de que maneira essas elaborações influenciam as experiências individuais e coletivas. Como os discursos que atravessam a sociedade digital – redes sociais, mídias e opiniões instantâneas – recriam ou desafiam os limites impostos? O ciberespaço pode oferecer novas possibilidades de expressão e resistência, mas também reforçam o policiamento e a vigia sobre a normatividade. A cultura do cancelamento opera como um mecanismo de reforço delas, mesmo quando se propõe serem combatidas.
Outro aspecto importante é o rol do desejo. Ele que transcende os limites da linguagem, é quase sempre domesticado pelos discursos estatutários. Como compreender os quereres em sua plenitude quando são constantemente interpretados à luz de regimentos culturais que os regulamentam? A boa notícia é que o desejo resiste à captura discursiva e aponta sempre para uma dimensão mais autêntica da nossa bagagem e experiência. Por isso Freud já destacava como o inconsciente opera de maneira independente das normas conscientes, abrindo brechas para que o desejo se manifeste de formas inusitadas e subversivas.
Na interseção entre linguagem e corpo, encontramos os desafios éticos. Como a sociedade pode lidar com a tensão entre liberdade individual e normas coletivas sem apagar sua singularidade? A luta pela ampliação das raias discursivas não é apenas teórica, mas também uma prática cotidiana de resistência, inclusão e transformação. Para tanto, é necessário um compromisso coletivo com a escuta empática e o respeito à diversidade, reconhecendo que nossas vivências são múltiplas e não podem ser reduzidas a categorias fixas.

"A cultura do cancelamento, em sua tentativa de combater o que considera normativo, acaba, paradoxalmente, reforçando os limites do que pode ou não ser escrito, criando uma vigilância contínua sobre os corpos e as palavras." – Dan Mena.
Cabe perguntar: o que é necessário para que novas narrativas possam surgir? Como criar espaços onde corpos, desejos e identidades possam ser vividos de maneira mais plena, livre das amarras de uma normatividade excludente? Tudo isso exige coragem, empatia e disposição para confrontar as próprias estruturas que nos confortam. Aqui, a educação e o respeito são fundamentais, tanto para quem procura por esse espaço, tanto para aqueles que possuem uma ótica mais conservadora, pois ambos oferecem caminhos para imaginar e construir realidades alternativas que precisam conviver e harmonizar.
Você já se perguntou de que maneira os discursos que consumimos moldam nossa visão sobre o corpo e o desejo? E, até que ponto estamos dispostos a transformar não apenas o que dizemos, mas também como vivemos?
Minha esperança é que essa análise inspire novas formas de pensar e agir, contribuindo para um mundo mais acolhedor e plural.
"Na interseção entre linguagem e desejo, o corpo se torna um território de resistência, onde cada expressão é uma forma de contestar as normas que tentam capturar sua essência." – Dan Mena.
Palavras-chave: sexualidade psicanálise, sintomas psíquicos, psicanálise sexualidade, psicanálise sintomas, psicanálise terapia, psicanálise Freud, psicanálise Jung, psicanálise Lacan, psicanálise moderna, psicanálise clínica, psicanálise emocional, psicanálise comportamental, psicanálise mente, psicanálise saúde mental, psicanálise tratamento, psicanálise psicoterapia, psicanálise análise, psicanálise diagnóstico, psicanálise psicologia, psicanálise teoria.
Obras consultadas;
Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade – Sigmund Freud
O Ego e o Id – Sigmund Freud
A Interpretação dos Sonhos – Sigmund Freud
O Medo da Castração – Mélanie Klein
Psicologia das Massas e Análise do Eu – Sigmund Freud
A Sexualidade Feminina – Sigmund Freud
A Função do Sexo e da Sexualidade – Éric Laurent
O Erotismo – Georges Bataille
Totem e Tabu – Sigmund Freud
Além do Princípio do Prazer – Sigmund Freud
Até breve, Dan Mena.
Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 — CNP 1199. Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 — CBP 2022130. Dr. Honoris Causa em Psicanálise pela Christian Education University — Florida Departament of Education — USA. Enrollment H715 — Register H0192.