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A Subjetividade.

Atualizado: 22 de set. de 2024



“O sujeito é, aquilo que nele esta ausente. A falta origina o desejo, e o desejo razão da nossa subjetividade.” Dan Mena. Por Dan Mena.

A subjetividade na psicanálise é o aspecto único e individual da experiência psíquica de um indivíduo. É a maneira pela qual cada pessoa percebe, interpreta e dá significado ao mundo, a si e aos outros, intrinsecamente ligados à vida emocional, desejos, medos, frustrações, memórias e fantasias que estruturam a psique de cada indivíduo. Construída a partir de interações complexas entre a história pessoal, herança cultural, experiências infantis, conflitos internos e os mecanismos de defesa. O desenvolvimento da psicanálise como ciência e prática clínica é entrelaçada com diversas formas de investigação fora do âmbito clínico. Esse esquadrinhamento, além dela, desempenha um papel capital na sua leitura, formulação e reformulação dos conceitos psicanalíticos, contribuindo para uma modelagem mais precisa e próxima da nossa época, como também dos resultados que emergem da sua experiência. Além disso, estabeleceu conexões conceituais interdisciplinares, se aproximando da filosofia, sociologia, estética, história da arte, literatura, ciência cognitiva e neurociência. Quando Freud inova na descoberta do inconsciente, se afasta dos métodos convencionais da medicina, ao adotar a escuta atenta de pacientes com sintomas histéricos para compreender suas aflições, introduz então uma ruptura epistemológica significativa. Essa mudança, envolveu a introdução do subjetivo no domínio do conhecimento, lugar que ele mesmo reconheceu desde cedo, quanto a importância da averiguação do inconsciente como um instrumento a serviço das ciências sociais. Boa leitura. A relação entre o conhecimento científico e a irracionalidade, assim como a vastidão da nossa ignorância, que emergiram como questões pertinentes. Não podemos deixar de anotar o aspecto relevante é o potencial do envolvimento como pesquisador em sua própria obra, e o uso que fez de sua ''subjetividade'' para tal, como um dispositivo potencial das suas descobertas. Isso é exemplificado por meio de algumas instâncias;


A primeira está relacionada aos aspectos quantitativos, científicos e mensuráveis do conhecimento. A segunda, se contrapõe a ela, pois se relaciona ao subjetivo, algo que muitas vezes é difícil de quantificar. No entanto, quando se trata da mente, a subjetividade assume uma profundidade maior, ao estar coligada à nossa psique, inerentemente a construção única dela, que não e diretamente comparável em sua absoluta singularidade. Freud abriu esse caminho para uma reflexão mais cavada sobre a intersecção da subjetividade individual e o conhecimento científico, levantando importantes questionamentos sobre a natureza dessa compreensão e a relação entre os aspectos racionais e irracionais do pensamento, dando ênfase a análise dos processos inconscientes. Eles continuam nos municiando para ampliar um terreno fértil via essa complexa exploração mental, em face dos avanços tecnológicos e das transformações sociais.


Como se constrói a subjetividade lida através da psicanálise?


Somos seres falantes, o que marca inegavelmente nossa dependência de um ''Outro'', assim dito, subordinados a linguagem desse interlocutor, esta é, portanto, a única maneira de encontrar o nosso próprio dizer, e de tornar essa subjetividade presente naquilo que expressamos como um eco imprescindível. Trata-se então da sujeição básica ao significante; (O significante se mantém como condição de uma operação que se constitui em uma cadeia, onde se faz presente a partir de uma ausência. O elo dos significantes tornasu a condição possível e é nela que subsiste, (Lacan, 1966]), uma questão que implica pelo menos a presença de três decisivos eloquentes;


A — Em primeiro lugar o corte entre natureza e cultura, segundo; à criação do ser num mundo representacional historicamente fundado, entendendo por sua representação o produto do nosso pensamento. Em terceira ordem, ao pensamento pensável pela atividade desenvolvida por um sujeito, ou seja, um pensamento pensado por alguém, que difere de um idealizado por mim. O reconhecimento de que esse ''outro'', reflete sobre coisas que eu não penso, implica necessariamente no nascimento do escrúpulo e de toda a ética existente.


B — A aceitação da diferença entre a subjetividade própria e a do outro é o testemunho da inscrição psíquica da alteridade; (Alteridade, situação, estado ou qualidade que se constitui por relações de contraste, distinção, diferença, relegada ao plano de realidade não essencial pela metafísica antiga, a que adquire centralidade e relevância ontológica na filosofia moderna, conhecido como ''hegelianismo contemporâneo''; (pós-estruturalismo). O que destaco, vêm a tona fazendo alusão ao intrincamento da experiência clínica, uma vez que o sujeito pode reconhecer os seus próprios pensamentos vividos como alheios ou aspectos do outro, vividos como seus. Assim, essa configuração de subjetividade é o que vai dar a dimensão global da nossa própria construção de realidade, o dito supostamente concreto, como produto do que é obviamente pensável num dado espaço-tempo histórico e social.


C — A subjetividade como conceito remete para a perspectiva adquirida no quadro de um sistema teórico definido, o seu estatuto, gravitação e densidade explicativa, quer em diferentes teorizações inerentes a um mesmo campo, quer ao se tornar objeto de investigação de um campo específico ou em outro, onde não existe. Desta forma, encontramos diversas definições, significados e usos dessa caracterização na filosofia, psicanálise, psicologia, história, entre outros.


Consideramos assim, na psicanálise, que a subjetividade se inscreve na concepção de um psiquismo estratificado, composto por instâncias que qualificam e quantificam tais inscrições de forma muito heterogênea. Nossa contribuição define que a subjetividade não cobre a totalidade do que é pensável por um sujeito, ou seja; o psiquismo e seu emaranhado, admitem um pensamento sem sujeito, um dizer para-subjetivo. Com efeito, práticas sociais remetem para a condição de marca que atravessam o indivíduo, enquanto este(a) se encontra incluído(a) numa série de relações sociais que se instituem através das organizações e da cultura. Operam portanto, para além do sujeito, numa relação assimétrica entre o individual e o coletivo, como fruto de significações imaginários e sociais articulados, compostos por discursos e ideologias socialmente instituídas, mas que, nesta presumível existência, toma forma num psiquismo que terá de ser criado e constituído. A configuração subjetiva do sujeito dá conta tanto dos organismos sociais que nos cercam, como da elaboração das instâncias psíquicas necessárias à criação de mundo que realizamos. Isso provoca não só a realidade representacional com que trabalhamos, ou como surgem ditas ideias e pensamentos, mas também como interpretamos e descodificamos tudo o que percepcionamos, fazendo parte da nossa consciência e o que nos é sensível. Neste sentido, não podemos excluir tais idealizações inconscientes, visto que são entrelaçadas e enigmáticas, designam também nosso hermetismo, pela obscuridade de um sujeito que sente, ressoa, remete, configura emoções, age e percebe suas dimensões, sendo alcançado por aquilo que não sabe sobre si. Toda percepção da realidade e em grande medida o produto de uma antecipação interpretativa baseada nas formas sociais de conhecimento adquirido. Chamamos a esta previsão de ideologia. As teorias científicas não escapam a este mecanismo, nem a psicanálise. Por isso, a compreensão do material clínico estará ligado perpetuamente aos modos de compreensão e interpretação de um momento e de um definido estado de cognição. A abordagem da subjetividade como problemática psicanalítica não é conceitualmente clara antes dos postulados de Lacan, que a introduz no campo analítico por uma abertura para às margens de uma controvertida plural. A fecundidade das discussões que ele inaugura deve ser reorientada em função do debate instituído, nomeadamente, o ''estatuto das representações''. A origem delas em Freud é pendular, onde esse eixo se desloca por um lado, de uma concepção fechada, endogenista e biologizante do psiquismo, para outra aberta ao outro e às suas produções culturais. Em sua segunda tópica, Freud se assenta para uma abertura ao exterior, a partir de um retorno à teoria traumática, sendo o Ego, depositário das identificações sociais, mas, ao mesmo tempo, produzindo uma regressão a teoria pulsional. Como expoente máximo desta ideia, a pulsão de morte se configura como um retorno ao inorgânico. Uma pulsão fora da pulsão, digamos representável, como uma lei geral de retorno. Essa instância reflexiva do ego, dá a entender que não há subjetividade possível sem sua constituição efetiva. (Ego é a consciência, o “eu de cada um”, ou seja, o que caracteriza a personalidade de cada indivíduo. Faz parte da tríade do modelo psíquico, formado pelo ego, pelo superego e pelo id).


O sujeito dividido e o inconsciente.


Lacan rejeitou a noção tradicional de um sujeito unitário e coeso. Em vez disso, propôs a ideia de um ser dividido, onde o ''eu'' consciente é apenas uma parte dessa incompletude. O inconsciente para ele, é o locus da verdadeira subjetividade, onde se encontram os desejos, conflitos e representações ocultas. Esse conceito de divisão psicológica rompe com a noção de uma identidade unificada, introduzindo a complexidade das dimensões inconscientes na construção da incorporalidade e o papel da linguagem nessa formação. Por esse caminho aparece a “ordem simbólica”, que se refere ao sistema de signos e símbolos que permeiam nossa comunicação. A entrada do sujeito nesse encadeamento ocorre através do processo de entrada na linguagem e na cultura. A expressão e sua locução, não são apenas um meio de comunicabilidade, mas uma estrutura que molda a própria subjetividade. O termo “Nome-do-Pai”, que representa o início emblemático do pai na vida da criança, marca a transição do estágio do complexo de Édipo e influência a formação da identidade e da subjetividade. (o ''Nome-do-Pai'' cria a função do pai. Como este não é uma figura, e sim uma função, não tem Nome próprio: tem tantos nomes quantos suportes tem sua função. E qual é ela? A função religiosa por excelência: ligar, significante e significado, Lei e desejo, pensamento e corpo.


O espelho e a formação da identidade.


Uma das contribuições mais conhecidas de Lacan é o conceito de “estádio do espelho”. Ele argumentou que a criança, ao se ver no espelho e reconhecer sua própria imagem, inicia um processo de formação da identidade. No entanto, essa constituição, através da imagem especular e do olhar do ''Outro'', resulta em uma identificação que é sempre alienante, nunca totalmente alcançável. Isso sugere que a subjetividade está constantemente em processo de busca e renegociação, tem implicações profundas para a prática clínica e a compreensão da psicopatologia. O papel da linguagem na formação do sujeito fornece novos insights para a análise de sintomas e conflitos internos. Além disso, sua abordagem da subjetividade como algo em constante construção e reconstrução desafia a noção de uma identidade fixa, e abre espaço para uma compreensão mais fluida e dinâmica do discernimento psíquico.


Vejamos algumas citações;


“A subjetividade é algo que deve ser constituído por meio da linguagem, ao ser nela que se inscreve a falta, o desejo e a identificação do sujeito.” Lacan.


“A subjetividade é o resultado da interação complexa entre nossos desejos inconscientes, nossas experiências passadas e as demandas do mundo exterior.” Freud.


“A subjetividade se desenvolve a partir da capacidade de nos relacionarmos com os outros de forma autêntica, mantendo um senso de self sólido e coerente.” Winnicott.


“A subjetividade é um espaço de encontro entre a cultura e o inconsciente, onde se desdobram os processos de significação e os impasses do desejo.” Kristeva.


“A subjetividade é a arena onde se processam os conteúdos mentais, os sonhos, as fantasias e os medos, todos moldados pela interação com o ambiente externo.” Bion.


“A subjetividade é construída através das relações intersubjetivas, onde as trocas e os conflitos contribuem para a construção da identidade.” Benjamin.


“A subjetividade é uma multiplicidade de fluxos e desejos, uma constante transformação que ocorre na interseção entre o corpo, a mente e o ambiente.” Deleuze.


Um exemplo prático.


Convoquemos no processo de análise, um paciente que está lidando com um quadro de ansiedade social. Nesse caso, apresenta uma experiência interna única na relação com sua ansiedade, suas percepções, sentimentos e interpretações. Durante as sessões, ele(a) pode expressar seus sentimentos de desconforto em situações que precisa compartilhar suas experiências passadas relacionadas a esse problema. Como terapeutas, vamos explorar a origem desses sentimentos, buscando compreender como dito traquejo de vida, a formação das suas crenças, estabelecimento de laços e relacionamentos, influenciaram o desenvolvimento dessa ansiedade social. Ao longo do processo da terapia, a subjetividade do paciente emerge, na medida que relata momentos específicos desse convívio com a ansiedade, assim, identifica gatilhos e compartilha suas interpretações internas dessas situações. Por exemplo; o cliente pode relatar que se sente observado(a) e julgado(a), criticado(a) por outras pessoas, o que o(a) leva a evitar encontros amorosos, grupais e sociais. Essa absorção subjetiva e quase sempre fictícia, imaginaria e potencializada, que pode estar relacionada e viculada a histórias de rejeição, submissão e crítica, que foram sendo esculpidas na sua própria convicção, avaliação e ideia de si, e do olhar perceptivo dos outros sobre sua imagem projetada e personalidade. O psicanalista trabalha compondo com a subjetividade do paciente, ao explorar ditas interpretações, desafiando crenças distorcidas, guiando e ajudando a construir uma nova dimensão de si e dessas interações. Nessa evolução do tratamento, o paciente pode ganhar insights sobre suas motivações internas, padrões de pensamento automático e mecanismos de defesa que favorecem sua tensão e permanência nesse padrão ansiolítico. Nesse arquétipo prático, ilustro como a subjetividade se manifesta na análise, permitindo uma exploração profunda das experiências internas do indivíduo, adentrando nas suas emoções, afetos, pensamentos e significados atribuídos. Os objetivos se focam na elucidação subjetiva única de cada pessoa, na forma como ditas experiências influenciaram sua percepção de mundo e criação de respostas emocionais, assim contribuindo para a transformação, crescimento pessoal e autoconhecimento.


Psicanálise, época e subjetividade.


A psicanálise não se caracteriza como uma ciência exata, não ha uma única definição de “a psicanálise”. Em vez disso, nossa prática é sustentada por nós, analistas, que aplicamos teorias comprovadas em nosso trabalho clínico diário e perfazemos a atuação através da técnica. Assim como na filosofia, cada questão levantada implica a perspectiva única daquele que por si a fórmula. Esse panorama individual se liga à posição de cada indivíduo em relação à sua divisão estrutural, discursos e narrativas predominantes do seu tempo. O não reconhecimento da lógica angular a essas exposições pode resultar em uma abordagem que pode ser descrita como uma psicanálise moderna ou liberal, com a qual me identifico. Às questões ligadas ao sujeito são tratadas como independentes do contexto social e histórico em que se desenvolvem, permeadas de descrições precisas da subjetividade que nela prevalecem, como a solidão, vazio, isolamento, ausência, falta de comprometimento com o outro, definições que podem parecer desconectadas do seu ambiente. Por esta razão, formar uma relação entre o sujeito e a subjetividade do nosso transcurso, requer a identificação e reconhecimento dos elementos determinantes que influenciam nossa existência, o que está além das fronteiras individuais do ser. Esses fatores, desempenham um rol significativo na extensão do desconforto que vêm amarrado a essa condição do indivíduo. Entretanto, a coesão entre a psicanálise e os precípuos centrais e primários de cada época são fundamentais para sua continuidade. A separação do sujeito da subjetividade que caracteriza cada momento, implica em renunciar a uma posição na cadeia de gerações que a perpetuam, transmitem, e mantêm a presença contínua da psicanálise como ferramenta interpretativa da subjetividade contemporânea.


Livros que abordam o tema:


“O Sujeito na Psicanálise” de Jean Laplanche e Jean-Bertrand Pontalis:

“O sujeito é, por definição, aquilo que falta. A falta origina o desejo, e o desejo é o motor da subjetividade.”


“A Interpretação dos Sonhos” de Sigmund Freud:

“A subjetividade humana é como um iceberg, com a maioria escondida abaixo da superfície consciente.”


“O Eu e o Id” de Sigmund Freud:

“A subjetividade é uma lente distorcida através da qual percebemos a realidade, colorida por nossos desejos e medos inconscientes.”


“O Mal-Estar na Civilização” de Sigmund Freud:

“A subjetividade é forjada na interseção entre os impulsos individuais e as exigências sociais.”


“O Estruturalismo e a Psicanálise” de Jacques Lacan:

“A subjetividade não é um estado estático, mas sim um processo em constante evolução, moldado pelas interações entre o indivíduo e o mundo.”


“A Condição Pós-Moderna” de Jean-François Lyotard:

“A subjetividade pós-moderna é fragmentada e plural, refletindo a diversidade e a complexidade do mundo contemporâneo.”


“Subjetividade e Verdade” de Michel Foucault:

“A subjetividade é construída por meio de práticas discursivas que moldam como pensamos e nos vemos.”


“O Sujeito na Modernidade” de Charles Taylor:

“A subjetividade moderna é caracterizada pela busca de autenticidade e pela exploração das múltiplas identidades possíveis.”


“O Outro por Si Mesmo” de Paul Ricoeur:

“A subjetividade é um diálogo constante entre o eu e o outro, uma busca por compreensão mútua e reconhecimento.”


Ao poema; “Teia da Alma: Explorações da Subjetividade” de Dan Mena.


Nas entranhas da psique e do drama,

O ser se expressa numa trama,

Um enigma secreto escondido em laudas,

Viramos a página nas entrelinhas da alma,

Surge o sujeito em camadas dissimuladas.


Freud, o mestre dos mistérios da mente,

Escavou os desejos ocultos e persistentes,

No id e ego, pelejam uma batalha latente,

A subjetividade emerge, forte e valente.

Num território obscuro, conflitos ambivalentes.


Então Lacan, com suas metáforas e enigmas,

Explorador das profundezas do ser, que vibra,

Significantes que nos fazem viver,

Onde a verdade escapa, é sempre elusiva,

No jogo do significante, é fugitiva,

Linguagem, de uma constante miragem.


Bettelheim nos contos de fadas revela,

Os anseios ocultos da mente como uma tela,

A subjetividade infantil em narrativas encantadas,

Desvendando psicodramas, em fábulas sem paradas.


Foucault, com suas teias de poder e discurso,

Mostra a subjetividade em constante percurso,

Forjada por normas, em um mundo em movimento,

O eu se adapta, em busca de contentamento.


E Drummond, poeta da introspecção,

Com sua pena traz à tona toda a emoção,

Nas palavras em imaterialidade transborda,

No romance da vida, onde a alma se recorda.


Romance e psicanálise estão entrelaçados,

Subjetividade se revela por todos os lados,

Que se tece com a psique, o mundo interiorizado,

Uma dança de sentimentos, na vida representados.


Nas trilhas do inconsciente, segredos a provir,

A subjetividade, como um rio a fluir,

No âmago da mente, vive um mundo oculto,

Onde o eu se revela em múltiplos segundos.


Até breve, Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130

 
 
 

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