top of page

A Consciência.

Atualizado: 22 de set. de 2024



''Não é apenas a razão, mas também a nossa consciência, que está submetida ao nosso instinto mais forte, ao tirano que habita em nós''. Nietzsche — Por Dan Mena.

Para iniciarmos este artigo, entrando para o universo consciente, convoco Freud, que assegura que é próprio do indivíduo ter a sensação de permanência e coesão do eu, onde se apresenta à consciência “como algo independente'', unitário, bem delimitado frente a tudo o mais”. No entanto, esta percepção seria falsa, pois o Ego, tem uma parte enraizada no id, portanto, inconsciente. Os contornos do eu, estão bem demarcados em relação ao não eu, mas, existem situações em que esses limites se diluem, se tornam dúbios, incertos e imperfeitos, como, por exemplo; em certos estados patológicos ou relacionamentos, quando partes do próprio corpo e elementos psíquicos se apresentam confusos, não sendo fácil determinar a quem pertencem, se ao ''eu'' ou ao ''objeto''. Se supõe, que ela capte os estímulos internos, como se fossem externos, sob a forma de representações verbais, pois a palavra é o traço mnemônico, (mnemônico, é um conjunto de técnicas utilizadas para auxiliar o processo de memorização), da palavra ouvida. Portanto, mais que um tema, a consciência nos permite vivenciar, experimentar e compreender aspectos ou a totalidade de nossa existência, do mundo em que vivemos… vamos adentrar? Sejam bem-vindos e boa leitura.


Neste artigo apresento algumas concepções gerais e outras perspectivas, tanto minhas, quanto de Freud e outros autores, sobre a consciência, visando entender como elas se articulam, seja no corpo de sua teoria e da prática tradicional e psicanalítica. A consciência é vista como percepção do mundo exterior, de sentimentos e processos do pré-consciente. Por sua vez, é o resultado da atividade de um sistema específico, o da percepção-consciência. Não é uma propriedade intrínseca de certos sentimentos e pensamentos, pois, não são necessariamente o que parecem ser para o próprio sujeito. A filosofia reduziu o poder da consciência, e a colocou no lugar do inconsciente, bem no âmbito central da nossa vida psíquica. Destarte dita anotação, por vezes, abusamos desta ideia e desvalorizamos a parte consciente, limitando-a. Evidentemente, que esse consciente, não é apenas isso, sabemos que ele é responsável por funções essenciais para o processo terapêutico e o seu sucesso. Reconhecida, entretanto como o elo intermediário entre esses mundos, e pelo comando e manejo da realidade dos processos mentais. Ao mesmo tempo, é responsável por sobrepor recursos de pensamento, logica, meditação, ponderação e raciocínio, entre uma exigência que procede do interior e sua potencial ação. Digamos que de alguma forma, visa diligenciar, na medida das suas limitações e possibilidades o comando das nossas pulsões. Com esta descrição pragmática, que não esgota de forma alguma todas as variantes, torna-se claro, que o Ego, que se apresenta na nossa consulta clínica, chega visivelmente afetado pelas neuroses modernas. Nosso trabalho, será sempre direcionado para o desdobramento de algumas das suas capacidades. 


Como podemos explicar a consciência?


A consciência é um dos tópicos mais complexos do estudo da fisiologia cerebral contemporânea. Em termos gerais, pode ser definida como a capacidade de um ser humano, “tomar consciência de… qualquer coisa”. Aquilo que um indivíduo, pode constituir como conteúdo psíquico e dos seus estados conscientes. Esta habilidade não é unívoca, (característica do conceito que, aplicado a coisas distintas se mantém com o mesmo significado), mas análoga, (que se pauta em analogias, que há correspondência entre elas).


Onde é gerada a consciência?


O córtex é a região do cérebro que gera a consciência do ambiente e de si próprio, segundo uma investigação que descreve pela primeira vez os mecanismos neuronais da psique humana. Quais são os tipos de consciência?


Individual

Social

Emocional

Temporal

Psicológica

Moral.


O que define a consciência?


Conhecimento do certo e do errado, que nos permite fazer juízos morais, sobre a realidade e as ações, especialmente, as próprias, seguindo acompanhadas do sentido moral e ético.


O que é a consciência para a psicanálise?


A consciência é uma qualidade psíquica especial do conhecimento, que implica um nível elevado de percepção humana em termos de organização mental. Constitui uma experiência subjetiva de recepção exotérica (que prepara o indivíduo para dar respostas inteligentes aos estímulos do ambiente). Para Lacan, não há consciência de si, o sujeito, não é totalmente transparente, ao ser, por definição, alienado, (indivíduos alienados, não têm interesse em ouvir opiniões alheias e apenas se preocupam com o que lhe interessa e seus objetivos). Ele argumenta; que a consciência não evolui da ordem natural, sendo totalmente incontínua, e sua origem estaria mais parecida com a criação do que com a evolução. Mostrou, como a realidade de cada um se constrói como uma montagem simbólica e imaginária, tendo o fantasma, (o fantasma na psicanálise, é o mecanismo de captura do corpo pulsional, (objeto perdido) no laço com o ''Outro'', portador de uma falta/ausência. Já num segundo tempo, Lacan formaliza o papel do ''Outro'' na constituição psíquica, por meio das operações de alienação e de separação, tidas como enquadramento. Em síntese, não é com a realidade que está em causa uma verdadeira franqueza. Freud a identifica em “para além do prazer” e Lacan, na diferenciação entre “realidade” e “real”. É muito significativa dita revelação lacaniana, de que o sujeito não é consciente de si, senão ignorante e inconsistente, submetido ao inconsciente, ou seja, que não há nele o entendimento e transparência total da sua consciência.


O inconsciente consciente?


Para Freud, tornar o inconsciente consciente, é um ato que nos liberta, porque permite compreender o significado de uma repetição fatigante e espinhosa da nossa vida, aquela, que nos frustra e machuca. É, abrir os olhos do nosso interior, para iniciar uma necessária insurreição pessoal. Só então, pela sua via, seremos capazes de nos curar, de nos desprendermos do que fere, que agride, e nos permite avançar em direção ao que de fato valemos. Conforme sua teoria metapsicológica, a consciência é a função de um sistema, um mecanismo de percepção-consciência, recôndito recinto, onde a existência do inconsciente sinaliza seu emprazamento. Seu local periférico no aparelho psíquico, recebe informações, por exemplo; ideias, memórias, lembranças; emoções, vivências, sensações de prazer-desprazer, provenientes da presença ou ausência de satisfação. Desempenha um papel importante na dinâmica do conflito, evitando o que detestamos, arremessando e separando seu conteúdo para o inconsciente, onde pode recobrar o aprazível e bem-vindo. Ao contrário do pré-consciente, que se esforça para lembrar o que vem do inconsciente, onde há uma barreira de censura entre os expedientes do consciente e pré-consciente. Assim, a consciência, realiza e executa um rol muito significativo, que chamamos de “insight”, (um termo teórico da psicanálise, que pertence à psicologia processual. Não seria à personalística, (teoria personalística ou teoria dos grandes homens, que interpreta que indivíduos escolhidos são únicos, por serem dotados de uma qualidade interna excepcional, permitindo que consigam fazer coisas extraordinárias), pois se refere ao processo mental de tornar consciente o inconsciente), quando o paciente se apropria do discernimento da sua angústia, desejos reprimidos, conflitos, desconsolos, ansiedades e sintomas, dos quais não tinha percepção.


E para a psicologia?


Sempre foi difícil para psicologia definir o conceito de consciência. Mesmo contemporaneamente, tal ciência não tem meios para estudar algo que não tem matéria, nem qualquer tipo de força ou energia mensurável. A ideia evoluiu com seu desenvolvimento, lado a lado com a neurofisiologia e paralelamente com a filosofia, que insistia no aspecto subjetivo, enquanto outras disciplinas se debruçavam sobre o comportamento e propriedades fisiológicas. Cada área, ofereceu até o momento, suas próprias definições, arbitrárias e consoantes ao seu campo clinico-investigativo. O filósofo David Chalmers, distingue entre o problema fácil, (considerar a consciência como uma capacidade mental, que inclui a concentração da atenção, foco e integração de novas informações) e o problema difícil, (como a ligação física entre neurônios, mediante impulsos elétricos, que constituem a experiência subjetiva, que denomina de consciência). No seu conceito, situa uma ponte, entre a inconsciência e os vários níveis de consciência, consoantes ao grau de inatividade ou de atividade neuronal do cérebro. O estado de vigília, que equivale à própria consciência (autoconsciência), por oposição ao estado fisiológico do sono. Segundo Chalmers, ela garante um processo contínuo de informação e de adaptação entre o nosso ''eu'' subjetivo, o sistema nervoso e o ambiente perceptivo. Além disso, assinala uma frequente distinção entre consciência sensorial primária, (comum no mundo animal), e a consciência de nível superior ou metacognitiva, (estar consciente da nossa consciência), que se imagina ser exclusiva da humanidade. Para a psicologia, a consciência é um estado cognitivo não-abstrato, permitindo que possamos interagir e interpretar os estímulos externos, constituída pelo que chamam de ''realidade''. Uma pessoa que não tenha consciência, tende a se desconectar do concreto, passa a não ter discernimento daquilo que advém do seu entorno. Também é referida; como a excitabilidade do sistema nervoso central aos estímulos externos e internos, do ponto de vista quantitativo, que estaria conectada a capacidade de integração e harmonia dos impulsos; passados e presentes, internos e externos, sob a concepção psíquica.


Desenvolvimento da consciência


Um provável nascimento da consciência, poderia ser quando abrimos os olhos pela primeira vez e enfrentamos o ambiente, este nosso brotar no mundo, momento em que experimentamos o pessoal, (o nosso eu) e o externo, (o ambiente), como duas naturezas diversas, dissemelhantes, que se afetam reciprocamente. Pouco a pouco, penetramos na nossa própria experiência, quando chegamos a diferenciar o imaginário do real, através da representação mental. Na nossa vigília, selecionamos estímulos ambientais que, através da atenção, serão armazenados na memória. É assim, que a nossa consciência se desenvolve: valorizando o nosso passado, abrindo e assimilando o presente, inserindo emoções, e, gradualmente, construindo a nossa própria identidade. A consciência nos permite criar representações, tropos, metáforas e translações, conceber possibilidades, alargar a nossa existência. Como interpretação da atuação simbólica da realidade, tiramos conclusões, elaboramos e estruturamos novos conhecimentos. A consciência existe na nossa voz interior, na qual indagamos, conjeturamos e realizamos perguntas, por exemplo; por que estamos aqui? Qual seria nossa origem? O que podemos construir? Como criar nossos interesses?, etc. Esse caminho perceptivo, dá sentido às nossas emoções, estimulando nossa compreensão de si, e projetando os ideais de bem-estar, felicidade e conforto.


Algumas teorias da consciência, sob a visão de outros autores;


Existem muitas teorias quanto a consciência, pregressas em parte, e historicamente vindas de outras. Citarei aquelas que são mais relevantes em distintos campos do conhecimento;


Karl Popper, acreditava que a consciência surgiu com a linguagem, devido à necessidade de nos comunicarmos entre nós. É o último instrumento do processo evolutivo do Homo sapiens que o leva a tornar-se consciente de si próprio.


Gerald Edelman, defende que a consciência surge como consequência da interação entre grandes grupos de neurônios que se coordenam entre si no cérebro, mantendo ligações contínuas com o corpo e o ambiente. A consciência surge quando o cérebro toma consciência de si próprio.


William James, a definiu-a como uma função evolutiva, que encapsula uma sequência de experiências conscientes concretas. Sendo no seu entendimento a capacidade de registar na memória o que estamos vivenciando numa sequência temporal, de modo a podermos prever o futuro.


António Damásio, diz; a consciência é um processo gradual, que está associado a uma sequência de três tipos de “eus” e constituem a nossa identidade:


1 — O Proto-Self: trata-se de uma sequência temporal inconsciente e coerente de padrões neurais que simbolizam o estado do nosso corpo momento a momento. É o que nos permite distinguir-nos do meio exterior, (uma faculdade inerente aos seres vivos).

2 — O eu central: temos consciência deste ''eu'', que pode ser ativado por qualquer elemento natural e que sofre pequenas alterações ao longo da vida. Só experimenta o presente, separando o nosso ''eu'' como entidade própria das outras coisas externas que nos afetam.

3 — O eu autobiográfico: é a memória biográfica, constituída por reminiscências implícitas de experiências passadas e também pela previsão de um futuro incerto. Esta memória, nos fornece a consciência de um “eu enriquecido” pelos arquivos da nossa experiência de vida.


Michio Kaku, entendeu ser o fruto da evolução, alojada no córtex pré-frontal e ativada quando decidimos, pelo para ser captada temos de estudar o cérebro, é como ele se comporta no espaço-tempo. É a soma dos nossos conhecimentos e das emoções que evoluíram ao longo de milhares de anos.


Peter Gardenfors, a vê como a linguagem, a última etapa do processo que conduz à consciência humana. Para ele, primeiro foram as sensações, depois a atenção, emoções, memória, pensamentos e o planejamento, o eu, o livre arbítrio, por fim, a linguagem.


Joseph LeDoux, define a consciência como o conhecimento do que está na “memória de trabalho”, uma anamnese que contém representações mentais na forma de episódios que se manifestam no hoje. Para nos apercebermos de algo, esse algo, tem de ser representado mentalmente, depois relacionado com a representação mental do que estamos experimentando.


Suzanne O'Sullivan, a apresenta como uma totalidade, composta por vários estados: atenção, percepção e memória. É a capacidade de escolher seletivamente a nossa experiência mental. A atenção seleciona algo, depois a percepção a identifica subjetivamente, em segundo plano nossas crenças memorizadas.


O trabalho


Verifico que meus pacientes sempre pensam que sabem o motivo do que lhes acontece, mas, apesar de se esforçarem livremente, não conseguem resolver o problema sozinhos, porque lhes são impostos(as), pensamentos que consideram insuportáveis, que vão contra suas próprias crenças. Sofrem, porque repetem os mesmos ciclos angustiantes, sentem, haver algo que escapa ao seu controle. Por vezes, estão perdidos(as), desmotivados(as), outras, cansados(as) e curiosos(as), esperam encontrar uma solução na análise para o seu desconforto. Este quadro inicial da maioria, se caracteriza por um Ego enfraquecido, consumido por conflitos internos, gerados pelas pulsões e exigências egoicas, (egoico; relativo à personalidade, que, no âmbito psíquico, determina a maneira de agir de alguém, partindo de suas próprias experiências que controlam suas vontades e impulsos), que não conseguem decifrar. Esgotados pelos sintomas que carregam e sustentam como parte de si. Sem forças, para enfrentar a realidade psíquica que atravessam, (muitas vezes imperativas), não encontram apoio no mundo real. O ''eu'', está identificado nessa construção, que inconscientemente, ''amam sem saber'', assim, só podem agir a partir da neurose. Quando surge o anseio de confrontação e choque, se mobiliza/m (o/os paciente/s) em várias direções, estimulados a alargar o conhecimento de si. Para isso, proponho um pacto, que, de antemão, sei que será difícil de cumprir com a seriedade exigida: pois devem prometer colocar à disposição todo o material que sua percepção disponibilize, e eu, o meu trabalho, experiência, compromisso, solidariedade e conhecimento, de lhe comunicar o inconsciente, aquele que apreendemos das suas associações, dos fracassos que produzem, dos sonhos que me relatam, é principalmente, tudo aquilo posto na transferência. Tais prerrogativas, permitirão abrir um espaço de interrogação sobre suas vidas afetivas, emotivas, lógicas, familiares, e, assim por diante, pelo que serão cientificados por si, como foram sendo encaminhados pelas veredas das neuroses e neuropatias. Vou encorajá-los a comunicar suas contradições, falarem sobre seus temores, aqueles sim que os horroriza, aterroriza e envergonham. Será como visitar um novo universo em que possam falar de si livremente, num planeta livre, sem julgamentos, com sua total lisura, sinceridade e franqueza.


Finalizando, o carácter regressivo da pulsão, será um dos mais difíceis de penetrar e atravessar. Devido à satisfação obtida através dos sintomas e experiencias ao longo dos anos, mesmo que tenham se estabelecido novos modos de comprazimento, a pulsão tenderá a regressar às formas arcaicas, (anteriores), claramente, pela facilitação a qual lhe são familiares. Domar a pulsão, será o objetivo para caminhar em novas direções. O processo é suscetível de parar, estancar ou avançar muito lentamente. Outro obstáculo, é sempre a densidade libidinal, (libido é sinônimo de desejo sexual), quando muito densa, exigirá um grande esforço para a renúncia à satisfação, isso solicitará mais energia para produzir novas formas de prazer. No entanto, com uma libido flexível, deslocada, confrontarão com mais leveza os processos de elaboração, que podem levar a um deslocamento dos sintomas no lugar da sua extinção ou abolição. Conhecendo-se, os pacientes terão de avaliar em que círculos de pensamento devem parar, e em quais circuitos não deverão entrar. Colocando a consciência e vontade no centro da análise, onde estaremos ambos, involucrados no processo. Neste ponto, serão certamente abertos e desvendados os olhos para esse conhecimento completo de si.


Que mais podemos esperar da análise? Senão a conscientização.


Esse dever moral, de tomar tal decisão voluntária de escapar da neurose, de desejar algo diferente do que se viveu até então, deve trabalhar como uma imposição psíquica do próprio proponente, não só para o seu próprio bem, mas também, para o bem de todos os outros.


Ao poema de hoje com Alberto Caeiro;


Consciência


Dizes-me: tu és mais alguma coisa

Que uma pedra ou uma planta.

Dizes-me: sentes, pensas e sabes

Que pensas e sentes.

Então as pedras escrevem versos?

Então as plantas têm ideias sobre o mundo?

Sim: há diferença.

Mas não é a diferença que encontras;

Porque o ter consciência não me obriga a ter teorias sobre as coisas:

Só me obriga a ser consciente.

Se sou mais que uma pedra ou uma planta? Não sei.

Sou diferente. Não sei o que é mais ou menos.

Ter consciência é mais que ter cor?

Pode ser e pode não ser.

Sei que é diferente apenas.

Ninguém pode provar que é mais que só diferente.

Sei que a pedra é a real, e que a planta existe.

Sei isto porque elas existem.

Sei isto porque os meus sentidos me mostram.

Sei que sou real também.

Sei isto porque os meus sentidos me mostram,

Embora com menos clareza que me mostram a pedra e a planta.

Não sei mais nada.

Sim, escrevo versos, e a pedra não escreve versos.

Sim, faço ideias sobre o mundo, e a planta nenhuma.

Mas é que as pedras não são poetas, são pedras;

E as plantas são plantas só, e não pensadores.

Tanto posso dizer que sou superior a elas por isto,

Como que sou inferior.

Mas não digo isso: digo da pedra, «é uma pedra»,

Digo da planta, «é uma planta»,

Digo de mim «sou eu».

E não digo mais nada. Que mais há a dizer?


Dedução; Caeiro acredita, que ter consciência não o obriga a tecer teorias sobre a mesma.


Até breve, Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130

 
 
 

コメント

5つ星のうち0と評価されています。
まだ評価がありません

評価を追加
bottom of page